quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Um dia de Student Leader

Por: Pedro Teles Quinderé Ribeiro - De Fortaleza/CE, em Knoxville - TN.

Ei, psiu! Ei, maaaaacho!* Você aí! É, vc mesmo que está lendo...  O.o
Por acaso, você tem alguma ideia de qual trilha sonora eu estou escutando como fonte de inspiração para esse post?? Bem, se você já visitou o Tennessee e, mais especificamente, a University of Tennessee (UT) em Knoxville, provavelmente, você vai acertar na primeira tentativa: "ROCKY TOOOOOP"!!!

Pois é. Escrito em 1967, Rock Top é um country e bluegrass que acabou virando um hino da UT e do estado do Tennessee.
Duvido que alguém que passe alguns dias em Knoxville não escute, ao menos uma vez, Rocky Top. Particularmente, gosto bastante dessa música, mas, como nem tudo são flores, devo admitir que ela é do tipo que, quando você escuta uma vez, passa o resto do dia com ela na cabeça...

Como eu não sou egoísta, quero que você também tenha a chance de, hoje, ter pesad... opa! quer dizer, sonhos com essa música!(just kidding... hehehe) Aí vai:

Refrão:

"Rocky Top you'll always be

Home sweet home to me
Good ole Rocky Top, Rocky Top, Tennessee
Rocky Top, Tennessee."







The Smokey Mountains do Tennessee, onde se encontra o Rocky Top.

Bem, feita essa pequena introdução musical, gostaria de falar um pouco sobre como foi o nosso dia.

Um dia de Student Leader, em geral, possui momentos bastante diversos e, para manter a tradição, hoje, não foi diferente.

Pela manhã, tivemos duas sessões de aulas muito interessantes. A primeira sessão, sobre a história dos índios Cherokees, foi bastante especial, uma vez que foi ministrada por uma professora pertencente à nação Cherokee! Chamou nossa atenção o conceito de justiça e equilíbrio que os índios Cherokees tinham antes do contato com os europeus/colonos. Para eles, quando um membro de um clã era morto por um membro de outro clã,  acidentalmente ou não, o equilíbrio populacional do universo era desfeito. Para restabelecer o equilíbrio, um membro do clã do indivíduo que participou de algum modo na morte do outro deveria ser morto ou adotado pelo clã que perdeu um membro (conduta mais rara que a vingança).

A segunda sessão nos ajudou a entender um pouco mais sobre as práticas religiosas nos EUA e sobre o desenvolvimento do pluralismo religioso.


No meio da tarde tivemos a oportunidade de assistir a um filme de 1939, clássico do cinema estadunidense: Mr. Smith Goes to Whashington. O interessante é o nome do filme em português: A Mulher Faz o Homem. Bem parecido, não é?! haha



O filme superou as expectativas. Muito bom! Interessante ver retratado, em um filme da década de 30, o choque entre idealismo/honestidade de um homem (representando os ideários básicos da revolução americana) e uma cruel realidade de corrupção das instituições representativas da democracia (representando o desvio que aqueles princípios sofreram com o passar do tempo).

Bem, isso foi um pouco do que aconteceu conosco hoje. Espero que você tenha gostado da leitura. Até a próxima! =)



*Perceba que, nesse post, utilizei uma linguagem coloquial e um pouco regional (Cearês). Espero que vocês tenham em suas casas a última edição, revista e atualizada, do Novo Dicionário da Língua Cearense. Infelizmente, o Google Translate ainda não oferece suporte para essa intricada, mas bela, língua... :/

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Um dia marcante


Por Pedro Delfino- Belo Horizonte/Minas Gerais

Hi everyone!
      Hoje foi um dia muito interessante para postar por que ele pode ser interpretado como uma metonímia do que é o Student Leaders, um programa intenso e muito rico academicamente e culturalmente. Pela manhã nós tivemos duas aulas e em ambas houve a problematização de tradicionais valores da sociedade americana. Na aula do Professor John  Shefner discutimos o conceito de sociedade civil, e o professor descontruiu a utilização desse conceito na teoria neoliberal, que é uma teoria muito popular entre os acadêmicos da terra do Uncle Sam ( U.S. – Uncle Sam- essa é a origem da  relação entre a  expressão e o país !).
       O Professor Shefner enriqueceu muito a aula com os seus 15 anos de experiência estudando e vivendo o México, país que experimenta o modelo neoliberal há alguns anos. Na segunda aula, a Professora Lynn Sacco foi ainda mais ousada e, em sua abordagem da história americana, lecionou sobre a construção do capitalismo e da economia de mercado nos EUA. A professora foi bastante crítica em sua análise do modelo econômico e eu admito que senti uma certa  subestimação das conquistas dos EUA. Isso me deu inclusive vontade de perguntar e, de certa forma, defender respeitosamente o país.  Algo curioso se pensarmos que eu sou um brasileiro nato e ela uma autêntica americana.  Apesar de ser algo inusitado, isso definitivamente enriqueceu o debate acadêmico. E eu não era o único envolvido na discussão. A prova disso é o fato de a aula que estava programada para acabar meio dia ter invadido o horário do almoço e ter se estendido até às 13 horas da tarde! 
Professora Lynn Sacco ministrando sua aula
          Na parte da tarde, tivemos mais uma aula de uma hora e meia sobre liderança com a Professora PhD.  Barksdale.  Às 16 horas tivemos uma videoconferência com os Student Leaders de outros países da América Latina que estão em 2 outras universidades dos EUA. Houve problemas de comunicação com o pessoal que está no Arizona, mas no geral foi algo bem legal. Apesar de ser algo breve e simples, a conversa foi suficiente para despertar a ansiedade de conhecê-los pessoalmente em Washington, na última semana do programa. E quem sabe poderemos jogar uma bola com os argentinos!
Videoconference
         Se vocês acham que isso é pouco, ainda fomos assistir a um jogo de basquete!  Acompanhamos a vitória do time masculino do Tennessee Volunteers sobre o time de Vanderbilt. Uma vitória apertada, mas com um gosto especial por se tratar de um clássico com rivalidade regional entre Nashville e Knoxville, um Atlético e Cruzeiro do Tennessee.
                                           Neyland Stadium

           O jogo de basquete foi realizado em uma arena própria do esporte e ela exemplifica a
 infraestrutura das Universidades americanas. Uma arena de alto nível, com capacidade de 21 mil pessoas. Além dessa arena, ainda existe um estádio de futebol com capacidade para 100 mil pessoas. Isso mesmo, uma capacidade maior que a de qualquer grande estádio brasileiro, como o Mineirão. É válido dizer que essa infraestrutura não se resume aos esportes. A biblioteca, por exemplo, possui amplo acervo, laptops para serem emprestados e iMacs sobrando para serem usados. Grande parte dessa MEGA infraestrutura é financiada pela lógica de um sistema de ensino em que até mesmo as escolas públicas possuem mensalidades. Mas isso é um tema complexo e que pretendo abordar em breve com uma postagem específica sobre o assunto. 
 Meu hotdog e a arena Thompson Boling: Go Vols !
Basketball game
           Outra coisa que gostaria de divulgar é a entrevista que eu e o colega Jonathan Braga demos para o jornal local, o Knoxnews. Nossas falas fazem parte de uma longa reportagem sobre a visão geral do Governo Obama e fomos entrevistados para mostrar a visão de alunos estrangeiros sobre o assunto. Infelizmente, a jornalista errou ao redigir o sobrenome do Jonathan e fez conclusões sobre nossas falas que nós não explicitamos.  Mas ainda sim, é algo a ser divulgado! Eis o link: http://www.knoxnews.com/news/2013/jan/20/knoxvillians-reflect-on-mlk-legacy-obamas-second/
                Por fim, gostaria de compartilhar um dos maiores aprendizados que obtive com o programa: o pensamento de  que nós não devemos ter medo de sonhar grande. Mais do que isso, nós não devemos ter medo de estabelecer metas elevadas. O substantivo meta talvez seja mais apropriado por ser algo mais palpável que um sonho. Isso é algo muito presente na cultura dos EUA e o seu  aspecto que eu considero mais belo. Mas não é preciso ser americano e muito menos um Student Leader para incorporar essa mentalidade, basta incorporar essa atitude. Think big Brazil!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Uma visita à CNN e ao mundo da Coca-Cola


Por Milena Lumini - Campinas/SP

Durante nosso último dia em Atlanta, fizemos dois dos passeios turísticos mais relevantes da cidade: conhecer o estúdio da CNN (Cable News Network), e o Mundo da Coca Cola.

O prédio da famosa empresa telejornalística impressiona. Nele funcionam a CNN americana, CNN internacional, CNN en Español e a HLN. Ao todo são 4 mil funcionários trabalhando no prédio. Em todo o mundo, as filiais da CNN empregam 13 mil pessoas.

Durante o tour, vimos em ação uma redação que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. Fomos apresentados à técnica do Chroma Key, utilizada para a projeção de imagens por trás do apresentador, como nas previsões do tempo. Nos sentamos na bancada da CNN, tais quais âncoras de um telejornal. E pudemos, inclusive, simular a apresentação de uma notícia a partir da leitura do teleprompter.

Interior do prédio da sede da CNN em Atlanta

A redação funciona toda a semana, 24 horas por dia

Pedro Teles lendo uma notícia no teleprompter

Apresentação do Chroma Key, ou fundo verde

Student Leaders  visitando a CNN


Depois de uma hora de visita, saímos do ambiente profissional da CNN para sermos carinhosamente recebidos, no tour da Coca-Cola, pelo urso polar, "garoto propaganda" do refrigerante. De forma descontraída e por meio de exposições, jogos interativos e filmes (incluindo um 4D!) conhecemos a história da Coca-Cola, o mistério de sua fórmula secreta e porque ela é tão única ainda hoje.

Ao final da visita, a parte mais saborosa: experimentar 64 tipos de refrigerantes produzidos pela Coca-Cola Company em diferentes países. Recomendo provar a Fanta Melão, servida na Tailândia, mas fiquem longe do Beverly, produzido na Itália − é pior que água tônica.

Daniel Silva cumprimentando o urso polar

Erica Coutinho e Julia Leão no caminho para descobrir o segredo da Coca Cola

Luísa Saraiva se aproxima da fórmula secreta do refrigerante

Waldo Ramalho prova bebida japonesa de laranja

Última parada no mundo da Coca Cola: comprar lembrancinhas!

Além de divertidas, essas visitas estão relacionadas com os estudos que damos prosseguimento amanhã, em Knoxville. Essa semana vamos discutir sobre o capitalismo e suas críticas e a mídia de massa nos Estados Unidos. As experiências devem contribuir para um trabalho ainda mais enriquecedor!

Até a próxima!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013


O que VOCÊ está fazendo pelos outros?

 

Por Paula Rolim -  Belem/PA



Um garoto de seis anos de idade estava com seu pai em uma loja de departamentos ansioso pela compra de novos tenis. Quando seu pai decide leva-los ao caixa para o pagamento, o encarregado diz que ele nao deveria estar sentado junto aos outros clientes brancos pois ele nao era bom o suficiente pra isso. O pai imediatamente puxa o garoto pelo braco e lhe fala: “Eu nao me importo quanto tempo eu terei que viver com esse sistema. Eu nunca o aceitarei”

Esse foi um dos primeiros ensinamentos vindos de seu pai. Diante da sociedade preconceituosa em que vivia, ele o moldou pra que o garoto se tornasse um dos ativistas mais reconhecidos dos EUA pela luta por iguadade de direitos: Martin Luther King Jr.

"Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade."                   MLK


Hoje tivemos a incrivel oportunidade de visitar o Museu Historico de MLK emAtlanta, cidade em que nasceu em 1929. 
Assistimos a um documentario com videos reais de sua luta. Conhecemos seu tumulo. Vimos objetos da epoca que deixavam clara a distincao entre brancos e negros. Tambem sua historia e vida marcada ao longo dos anos ate ser assassinado em 1964 na cidade de Memphis, TN.
 
Hoje, Martin Luther King e considerado um heroi pelos Americanos. A cancao-simbolo do periodo de mobilizacoes por direitos civis dos negros nos EUA (1955-1968), "We shall overcome", marca a intonacao, indignacao e sede de ver um pais mais acessivel aos negros, ela retrata o sentimento mais puro de "viver em paz um dia".
Como voce se sentiria se nao fosse permitido o direito de frequenter a escola? E como voce se sentiria sendo um professor negro de uma universidade e nao lhe ser ofertado o direito de voto em seu pais?" A populacao negra deu seu sangue pela conquista dos direitos civis e hoje sao em grande quantidade especialmente com a reeleicao historica de um presidente negro nos EUA.
 
Participamos do culto na igreja em que Martin Luther King pregava. As pessoas, maioria negras, mostravam seu cuidado com roupas, penteados de cabelo, vozes ponderosas e muita animacao. No canto esquerdo da igreja, uma pessoa traduzia o culto para linguagem de sinais. Eu, mesmo com duas fraturas no tornozelo adquiridos durante o frio em Knoxville, percebi uma   oportunidade de acesso adaptado para cadeirantes em todos os lugares que visitei. E como eu conversava com os meus amigos do grupo, essa e uma experiencia unica de podermos conhecer este lugar, que tem uma historia fundamental no desenvovimento da democracia nd pais. Hoje aprendi que a pergunta mais urgente e persistente da vida 'e: O que VOCE esta fazendo pelos outros?
 
 
                                                                                                                

domingo, 27 de janeiro de 2013

E no caminho para Atlanta tinha um Campo de Batalha


Por Luísa Saraiva / RS

Neste sábado começamos nossa viagem rumo a Atlanta, no estado da Georgia, e no caminho visitamos o "Chickamauga and Chattanooga National Military Park", que serviu de campo de batalha para duas das principais campanhas da Guerra Civil,  a Batalha de Chickamauga e a Campanha de Chattanooga.




Localizado entre o Leste do Tennessee e o Norte da Georgia, o  "Chickamauga and Chattanooga National Military Park" é o primeiro parque militar dos Estados Unidos, fundado em 1890 para preservar essa importante parte da  História da Guerra Civil Americana.
A Guerra Civil Americana (1861 - 1865) foi um conflito que contribui para moldar os Estados Unidos que conhecemos hoje. O conflito entre União e Confederação , colocou fim ao paradoxo de liberdade enfrentado pelos Estados Unidos desde sua Declaração de Independência, em 1776, Até o fim da  Guerra Civil o país convivia com um sistema híbrido de escravidão (majoritariamente no Sul) e trabalho assalariado (nos estados do Norte); além disso a  Declaração de Independência promulgava direitos inalienáveis (vida, liberdade e busca da felicidade) para "todos". Conforme o discurso de Abraham Lincoln, em 1858, a situação de um país metade livre e metade escravista não era sustentável, e a Guerra Civil tornou-se o caminho para unir o país, fosse sob um regime escravista ou sob um regime de liberdade.
A Batalha de Chickamauga, ocorrida entre 19 e 20 de Setembro de 1863, envolveu aproximadamente 60 mil soldados lutando pela União (simbolizada pelos estados do Norte e pela luta pelo fim da escravidão) enfrentaram 65 mil soldados da Confederação (representados pelos estados do sul, majoritariamente escravistas), e representou um importante passo para a vitória da União nessa região do Sul.  Com movimentos estratégicos de deslocamento de tropas, o objetivo principal da União era conseguir dominar Chattanooga,  garantindo caminho para a conquista da região confederada. No entanto, devido a erros estratégicos e grandes perdas a  União  precisou retirar-se, permitindo o a vitória da Confederação. Mas em  novembro do mesmo ano (1963), a Confederação não conseguiu manter seu domínio sobre a região, perdendo-a para as tropas da União. Assim, a Batalha de Chickamauga representou um importante passo para a vitória da União na região Sul dos Estados Unidos.




Para a fundação  do parque no final do século XIX, veteranos de ambos os exércitos reuniram-se para demarcar as áreas do parque nas quais as tropas (formados por soldados e voluntários de diferentes estados) encontravam-se durante a batalha. Cada estado que enviou tropas para a batalha construiu monumentos para honrar seus soldados.  Atualmente, o Parque é totalmente demarcado com monumentos, placas e canhões que indicam a localização e movimentação  das tropas. Percebe-se a importância que os americanos atribuem a preservação da sua história e dos locais significativos para ela.


Monumento a tropas da Guerra Civil

Monumento a tropas da Guerra Civil



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A casa longe de casa: The International House


Por Leonel Lima - Maceió/AL

Olá a todos!

Hoje gostaria de compartilhar com vocês um dos meus lugares preferidos na Universidade do Tennessee: a International House ("Casa Internacional"). 

International House


Localizada no centro do campus, a International House como o próprio nome diz é a casa dos estudantes estrangeiros dentro da universidade. Lá podemos encontrar estudantes de diversas nacionalidades, aprender mais sobre seus países e compartilhar um pouco da nossa cultura com pessoas muito interessadas em nos ouvir.  Além disso, é o melhor lugar para se ir quando se estar perdido na universidade (algo não raro para mim), nos intervalos entre as aulas ou quando não se tem nada para fazer, a equipe da I-House (como é conhecida) é composta por estudantes estrangeiros, eles sempre recebem a todos com um bom-humor incrível e estão dispostos a ajudar no que precisarmos.

Parte da equipe da I-House


Nessa semana, a I-House promoveu um evento de 3 dias sobre a Etiópia e a Eritreia, onde pudemos conhecer a história, culinária e cultura desses países; eventos como esses são frequentes (Colômbia e China já possuem datas marcadas) e para quem tem interesse em expandir seus conhecimentos internacionais, não há maneira melhor de fazer isso por aqui. Eles também estimulam o aprendizado mútuo de idiomas e a cada dia da semana uma língua diferente é ensinada por estudantes nativos a outros estudantes que tenham interesse em aprender. A propósito, segunda-feira é o dia do português!

Para falar um pouco melhor da I-House, eu fiz uma pequena entrevista com uma das estudantes da equipe da I-House, Qi Fu. A Qi é chinesa e veio para a UT fazer mestrado em 2009, atualmente ela está terminando seu segundo mestrado aqui na universidade.

Eu e a Qi


[Leonel] Conte-nos um pouco sobre sua história e como você chegou à Universidade do Tennessee (UT).

[Qi] Eu nasci e fui criada em Pequim, China. Enquanto estava fazendo graduação em História Chinesa na Universidade de Pequim, comecei a me interessar por estudar nos Estados Unidos. No último ano da faculdade, decidi cursar pós-graduação em Psicologia Educacional e escolhi a UT por ter um bom programa na área. No mesmo ano da minha formatura, fui selecionada para o programa de mestrado em Psicologia Educacional da UT e é assim que cheguei aqui.

[Leonel] O que a International House é?

[Qi] A International House (normalmente chamada de I-House) possui duas funções principais. Primeiro de tudo, ela proporciona um ambiente acolhedor e amigável a todos os estudantes, professores, funcionários e pessoas da comunidade da UT nas nossas instalações. Especialmente a todos os estudantes internacionais, nós gostaríamos que eles vissem a I-House como sua "casa longe de casa". Em segundo lugar, nós planejamos e organizamos vários eventos para promover a conscientização cultural no campus, através da colaboração de pessoas de diferentes países, regiões e culturas para garantir que nossos eventos sejam educacionais, recreativos e autênticos.

[Leonel] Há quanto tempo você faz parte dessa organização? O que você fez até agora?

[Qi] Eu trabalho na I-House desde a primavera de 2009. Comecei como assistente estudantil, que é responsável pelo trabalho da recepção, incluindo receber as pessoas, realizar alguns projetos, e dar assistência aos eventos e a tudo que gira em torno disso. Depois de um semestre, fui promovida para a posição de assistente graduada, e nessa função eu faço o planejamento e a implementação de programas da I-House, bem como supervisiono os assistentes estudantis e dou suporte ao diretor da I-House em várias funções.


[Leonel] Baseada na sua experiência e no que você já viu, como estudantes estrangeiros são recebidos na UT e qual a importância desses estudantes para a Universidade?

[Qi] A I-House é a primeira parada para praticamente todos os estudantes internacionais quando eles vêm para UT, porque assim que chegam, eles devem passar pela orientação para novos estudantes estrangeiros, realizada na I-House. Toda a equipe da I-House sempre se esforça ao máximo para ajudar no que eles precisam ou orientar para onde eles devem ir. Todos os estudantes internacionais são tratados com muito respeito, carinho e são bem-vindos na UT.


[Leonel] Quando você ouve falar do Brasil, que aspectos da nossa cultura você lembra? Você já teve contato anterior com brasileiros?

[Qi] Na minha cabeça, sempre que ouço do Brasil, penso na estátua do Cristo Redentor, no futebol, numa terra bonita, numa boa economia, em um país em desenvolvimento, e, mais importante, em um ótimo povo. Como já passei bastante tempo na I-House, conheci inúmeros estudantes brasileiros, e o povo brasileiro é um dos meus povos preferidos do mundo, por serem compreensivos, gentis e divertidos! É por isso que sempre falo sobre realmente visitar o Brasil, porque gostaria de vê-los novamente no futuro.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Dia de Trabalho Voluntario

Uma das impressoes mais marcantes que levarei dos EUA, e a maneira como encaram o prestigio de ser util dentro de suas comunidades. Desde pequeninhos, ideias como lideranca, voluntariado e empreendedorismo sao repassados aos americanos que sao motivados a fazer a diferenca no arredores da vizinhanca. A imagem cinematografica das menininhas vendendo limonada por 25c na calcada de suas casas e da escoteira vendendo cookies para arrecadar fundos nao falha na hora de entender o peso desses valores dentro da cultura americana. Hoje os SL's tiveram a oportunidade de realizar um trabalho voluntariado na Second Harvest Food Bank, e ter uma prova de como sao encarados esses servicos por aqui.

 
A Second Harvest e uma instituicao sem fins lucrativos que se propoe ao combate a fome. Essa tem dentro de suas grandes marcas a utilizacao de 94% do capital recebido apenas para a aquisicao de alimentos nutritivos que serao doados para aqueles que necessitam, sobrando 6% dessa margem para o pagamento de todo o staff e outras despesas, como energia, agua e manutencao. Dentro da nossa rotina, o trabalho realizado pelos SL's foi o de empacotar a maior quantidade possivel de cereais que seriam entregados para individuos  nos arredores de Knoxville. A ideia do servico e a de usar uma linha de producao voluntaria: enquanto uns fabricam as embalagens dos cereais, outros empacotam, enquanto alguns pesam o conteudo, outros levam em grandes caixas; ou seja, o esforco nao foge a ninguem. Isso torna possivel que todos participem, gerando resultados monstruosos em pouco tempo. Hoje, em aprox. tres horas de trabalhos, os SL's encaixotaram mais de mil pacotes de cereais que serao entregues a familias de baixa renda, e ainda assim, em dois dias a Second Harvest consegue fazer com que todas essas embalagens sumam das caixas direto para a mesa das familias americanas.
 

SL's realizando trabalho voluntario na Second Harvest.
SL's sendo introduzidos nas ideias que fundam a instituicao.

 
Conversando com Mark, um dos responsaveis dentro da SH por supervisionar nosso trabalho, tomei conhecimento de como foi parar dentro da instituicao, uma historia interessantissima que vale a pena recontar aqui no blog. Ele nos disse que esta ali por pura opcao. Acontece que a mulher de Mark, tendo dinheiro suficiente para sustenta-lo, perguntou pra ele o que ele queria fazer com o seu tempo livre, e assim ele procurou o trabalho na SH, dizendo que e isso que tem verdadeira paixao em fazer e o que verdadeiramente lhe faz feliz.
 
Mark apontando para a absurda quantidade de alimentos doados.

 
 Mas nao se enganem quando falo da importancia desse tipo de servico apenas na sociedade americana, ou mesmo para alguns que se enriquecem espirtualmente com esse tipo de trabalho. Cada vez mais, a oportunidade de empregos, bolsas e viagens no exterior esta sendo garantida com um perfil voluntario, de individuos preocupado com as necessidades do seu meio e que buscam solucao para problemas ao seu redor. Sao programas como esse, dos Student Leaders por ex., que mostram o crescente papel do servico comunitario na construcao de carreiras profissionais de sucesso. Tenho certeza que a experiencia que tivemos hoje sera um grande estimulo para buscar novas formas de encarar nossa realidade de volta ao Brasil, e com certeza, novas maneiras para melhora-lo.
 
Julia Leao


Educar e Desenvolver

Por Jonathan Braga

Apesar do pouco tempo de convivência, muitos dos student leaders 2013 já sentem como se há muito conhecessem uns aos outros. Isso porque a rotina intensa que este programa proporciona tem contribuído muito para uma maior integração do grupo e construção de laços que por muito tempo peranecerão. 


Neste 23 de Janeiro os Student Leaders tiveram a oportunidade de conhecer o Highlander Center, um centro voltado para o desenvolvimento de liderança e principalmente para o conhecimento dos direitos civis. Este centro contou com a participação de grandes nomes da luta por direitos civis dos EUA, tais como Martin Luther King Jr e Rosa Parks.



Pelo que pude perceber, este centro nao só atuou em momentos importantes da história contemporânea dos EUA, como também manteve seu papel inicial de conscientização dos direitos civis através de fatos contemporâneos. Destes podemos destacar a preocupação com os direitos da comunidade LGBT, que, por meio de workshops, reforça o que lhes pertence por direito.

Acredito que falo por muitos que esta experiência tem sido, não apenas de uma maior imersão na cultura e história deste pais, como também uma oportunidade para refletir sobre questões que nao damos a devida atenção. Os direitos que consideramos como naturais não se restringem a determinados grupos, mas sim a todos que o reinvidicam. Para isso, a educação surge como o melhor caminho para o aprendizado e perpetuação do direito natural de toda a humanidade.


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Karl Who?

Por João Victor Cabral Pereira / Londrina - PR


Eis que um porco está num avião. Sim, um porco. Num avião. E ele tem um celular (que incrivelmente não é um iPhone, mas isso já é outro assunto). Quando a aeromoça (“aeromoça” porque sou um jovem senhor, foi assim que as conheci e é assim que as chamo, mas podem chamá-las de “comissárias de bordo” se assim preferirem) se aproxima e pede pra que ele desligue o “joguinho” dele, que o avião está para decolar. O porco então explica que aquilo não é um “joguinho”, é o aplicativo da GEICO (The Government Employees Insurance Company), com o qual ele acabou de pagar a mensalidade dele. Nisso as aeromoças ficam incrédulas, não pelo rip-off de Baby, um porquinho atrapalhado, ou pelo fato do touchscreen do celular funcionar com patas de porco, mas pela engenhosidade do aplicativo, que, OMG, mostra o extrato dele e afins, que, né, o porco tem (e tira) extrato. Ela faz uma piadinha de duplo sentido e fim.

Essa, senhoras e senhores, é uma propaganda de uma seguradora com mais de 70 anos de mercado e receita bruta de mais de US$9bi feita por uma empresa que também se orgulha em ter na cartela de clientes a Kraft Foods e a Walmart.

“E o que essas empresas têm umas com as outras?” – perguntaria uma senhora geralmente parafraseada por Ciro Bottini.

“São todas americanas, minha senhora! Estadunidenses!” – diria Ciro.

“E o que tudo isso tem a ver com esse blog?” – perguntaria a vizinha da primeira senhora.

Aqui, eu peço licença para o Ciro e respondo: essa é a minha constatação (exposição, reclamação, indignação ou como quiserem chamar) de que os Estados Unidos da América não sabem fazer propaganda. Juro pra quem não me conhece e quem me conhece pode atestar, não sou a pessoa mais patriota que você vai conhecer, mas um Olivetto, uma W/Brasil sem pensar duas vezes ou sombra de dúvida.

Chega a ser irônico que o país considerado símbolo do consumismo e berço do capitalismo moderno não saiba brincar de marketing televisivo. Talvez o consumo seja tão exacerbado que eles não precisem nem mais fazer força? Talvez. Mas isso meio que nos faz pensar naquela coisa do não dar pérola aos porcos, não faz? [Faz].




segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Martin Luther King Jr. Day

Por João Mateus de Freitas Veneroso / MG

Já se passaram nove dias desde a nossa chegada aos Estados Unidos e nós estivemos muito ocupados com as aulas e as demais atividades do programa. Por isso o feriado de hoje, o Martin Luther King Jr. Day foi muito bem vindo.

Hoje também aconteceu o discurso de posse do Obama, que foi recebido com muitos aplausos em Washington, mas não tantos aqui em baixo no Tennessee, que é um estado tradicionalmente republicano. O discurso tratou da questão do casamento gay, das mudanças climáticas e das reformas no sistema de saúde e o presidente fez referência a uma famosa passagem da declaração de independência dos Estados Unidos, lembrando as diretrizes que devem guiar o governo americano:

We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal; that they are endowed by their Creator with certain unalienable rights; that among these are life, liberty, and the pursuit of happiness

O discurso do presidente Obama:


Hoje nós também fomos ao cinema para assistir ao filme Lincoln do diretor Steven Spielberg. O filme trata do período final da guerra civil nos Estados Unidos e a luta vivida pelo presidente Abraham Lincoln para conseguir a aprovação da 13ª emenda à constituição americana, que previa a abolição da escravatura. O filme, apesar de longo, é uma boa lição sobre um período chave da história norte-americana.


No resto do dia, nós apenas descansamos no hotel, pois havíamos passado dois dias bastante agitados durante a Homestay. Eu e o Pedro Teles Quinderé Ribeiro ficamos hospedados com uma família não tipicamente americana, os Garlington. Eles eram descendentes de espanhóis pelo lado da mãe e já haviam viajado pelo mundo todo, tendo vivido períodos no Marrocos e no México, então todos eles falavam pelo menos um pouco de árabe e espanhol. Nós tivemos a sorte de participar da festa de aniversário da filha deles, Gracie, e conhecemos toda a família.

                                       
Na foto, da esquerda para a direita estão: eu, Pedro, Joseph, Elisa e David. Joseph é um dos filhos da família Garlington, irmão da Gracie, e os outros dois são seus primos. Nesta festa, nós pudemos aprender que os Estados Unidos, assim como o Brasil, é um país muito diverso em vários sentidos e é difícil definir o que é tipicamente americano.

Domingo - Dia de igreja

 Por Felipe Baroso/ RJ

Hello everyone!

Dando continuidade a publicacao anterior, vou falar do 2o dia do homestay. Por sinal, este homestay - isto e, ficar na casa de uma familia americana - foi uma experiencia incrivel. Para deixar claro, eu sou um daqueles que perteceram ao grupo dos que foram passar o final de semana em Nashville, a maior cidade do estado do Tennessee. Primeiramente, o que voce acha que pode ser feito por uma tradicional familia americana num domingo? Vc pensou em ir a igreja? You got it! Sim, tivemos a excelente oportunidade de conhecer uma igreja americana. Nos vemos em filme e series americanas muitas igrejas. Sem duvida, a cultura americana e grandemente influenciada pelos valores cristaos, e as igrejas protestantes por aqui sao as mais populares. Pois bem, fomos entao para uma igreja Batista. Mas nao uma igreja convencional.. Fomos a uma mega church, cheia de recursos tecnologicos. Como nos filmes, o culto, chamado aqui de "service", parece um espetaculo. Logo no inicio ouvimos o coral, por sinal, muito lindol. Em seguida, McCall, a estudante da University of Tennessee, apaixonada pelo Brasil, que nos levou para a casa de seus pais em Nashville, nos apresentou outras pessoas na igrea que ja tiveram contato com o nosso pais. Otima experiencia cultural.
Ir a igreja foi a grande sensacao do dia. Quando retornamos a casa dos pais da McCall, conversamos e tivemos a oportunidade de comer pao recheado com "peanut butter and jelly" (a famosa pasta de amendoim com geleia, tipicamente americano). Parece estranho, mas quando voce experienta, ve que e uma delicia. Em seguida, voltamos para Knoxville - umas 2 horas e mais alguns minutos de viagem. Ja a noite, a maior parte dos student leaders se reuniu em Knoxville downtown para jantar. Muitos de nos fomos a um restaurante italiano, chamado Bella Luna Restaurant (confesso que o servico nao foi um dos melhores que tive), mas a comida, uma delicia. E para fechar, pedi um bownie cheescake.
Eu e McCall em sua casa.

Na frente da casa da nossa familia americana.

Jantar em Knoxville, downtown area.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Homestay: Um sabado em Nashville!



Por Erica Coutinho/SP



Nossa estadia no Tennessee tem sido um tanto especial, na realidade, muito mais especial do que podiamos imaginar. Desde o inicio, o programa  que foi cautelosamente preparado para nos se mostrou repleto de atividades  academico-culturais relevantes, com as quais estamos aprendendendo mais a respeito da cultura e politica dos Estados Unidos, da oraganizacao urbana de Knoxville, assim como observar e experienciar o dia-a-dia da sociedade norte-americana, de uma maneira mais pessoal e direta. Eu so tenho muito a agradecer a todos que estao fazendo esta enriquecedora experiencia possivel, e pela oportunidade unica de podermos aprender e conviver com outras 19 pesssoas tao distintas entre si e tao parecidas ao mesmo tempo, um grupo realmente incrivel!
A nossa primeira semana em Knoxville nos revelou muitas surpresas. O tempo excessivamente chuvoso que inicialmente enfrentamos foi considerado como normalmente inesperado para essa epoca do ano. Mas a natureza ainda nos reservava um momento magico, e raro por sinal: nevou em Knoxville! Assim como outros colegas do grupo. Foi a primeira vez que presenciei este espetaculo! Torcamos para que ele se repita mais vezes enquanto os student leaders estiverem pelas terras do norte!
 
Este esta sendo o tao esperado final de semana do Homestay, quando temos a oportunidade de passarmos o final de semana com um famila norte americana   a fim de conhecermos mais de sua cultura e costumes, para conhecermos pessoas incriveis e fazermos grandes amigos! E exatamente essa  experinecia que eu e mais tres colegas do grupo estamos vivendo nesse final de semana. A Paula, o Jonathan, o Felipe e eu fomos selecionados para passer o homestay com uma mesma familia. Trata-se da familia de uma estudante da Universidade do Tennessee, chamada McCall. Esta simpatica americana esta em seu senior year, o que corresponde ao seu ultimo ano da graduacao e nao por acaso foi escolhida para nos: McCall tem aulas de portugues na UT, consegue entender e conversar muito bem na nossa lingua maternal! Ela nos contou que ja passou um tempo no Brasil e que deseja muito voltar para continuar seus estudos de pos-graduacao. E sabem o que e Mais incrivel!? Ela nos apresentou a algumas amigos que tambem estudandam portugues, que ja estiveram no Brasil ou que pretendem conhecer nossa patria! E fantastico saber como hoje o conhecimento que algumas pesssoas aqui ja tem do Brasil esta ajudando a desmistificar a concepcao que muitos ainda possuem do nosso pais e e muito bom saber que o interesse em aprender portugues esta crescendo por aqui! Assim nos sentimos estrelas por um noite!rs
A familia da McCall mora em Nashville, o que da aproximadamnete duas horas e meia de viagem de carro, se partindon de Knoxville, e foi assim que aqui viemos! Nossa querida anfitria, sempre entuasiasmada e com um sorriso estampado, nos levou para conhecer um pouco da cidade. Mais ensolarada e com um clima mais agradavel que Knoxville, nossa primeira linda tarde em Nashville nos permitiu conhecer o monumental Pathernon , e o pitoresco Centennial Park, lugar maravilhso e repleto de esquilos fofinhos! Depois visitamos a parte central da cidade, com seus edificios governamentais e predios suntuosos. McCall tambem nos levou a conhecer a famosa Belmont University, com sua arquitetura muito diferente da UT e lindos dormitorios.
 
 
 






 
 
 
 
 
 
Por fim, ela nos trouxe a casa de seus pais, na regiao sul da cidade, uma tipica casa norte-americana, como se tirada de um filme hollywoodiano! A familia da McCall foi extremamente receptive e hospitaleira conosco e nos preparou um delicioso jantar. Foi entao que conhecemos e pudemos converser com alguns de seus amigos.  Os pais de McCall tambem ja estiverem no Brasil,  visitando a filha enquanto ela estava fazendo intercambio la, e assim ja estavam mais inteirados com nossa cultura e costumes tambem, nos recebendo com o nosso tipico abraco e dois beijinhos!
 
 
Realmente esta sendo tudo muito inesquecivel e certamente estamos fazendo amigos para a vida toda! J

sábado, 19 de janeiro de 2013

Sexta-feira, sol e muita diversão!

Por Diana Rodrigues - Natal/RN


E depois de muito frio, chuva e neve, que venha o sol, belo como só ele na peculiar cidade de Knoxville!


A cada dia me surpreendo mais quão linda é essa cidade, quão simpáticas e solidárias são as pessoas aqui e quão sortudos nós somos por ter o privilégio de estudar numa universidade tão completa, bonita e com professores tão bons. Thanks God! Mas vamos lá...

O dia hoje amanheceu e permaneceu perfeito. Foi bem frio (0º ou menos) mas, pela primeira vez desde que chegamos aqui, pudemos ver a luz do sol e aproveitar o dia sem nos preocupar com guarda-chuvas e pés molhados.

Pela manhã, para a nossa felicidade, as aulas foram prorrogadas até às 10h30, já que a neve pára a cidade. Pudemos descansar um pouco mais e depois fomos à nossa Morning Session, que desta vez tomou lugar na linda Hoskins Library. 





A aula foi sobre a expansão dos Estados Unidos como um país, levando em conta os aspectos sociais e políticos entre os anos de 1810 e 1860. Também discutimos sobre a "Democracia Jacksoniana" e o crescimento da economia estadunidense nesse período. O professor Dr. Tom Coens foi o responsável por ministrar a aula.

Depois disso fomos tentar mais uma vez comprar botas, mas ainda não deu certo :/ Espero que não chova pois os pés de alguns de nós ainda estão congelando. Comemos rapidão aquele velho fast-food e corremos para a próxima aula, que na verdade foi uma atividade de liderança com a simpaticíssima Dr. Cheryl Barksdale (PhD em Industrial/Organizational Psycology). Essa aula foi muuuito divertida e pudemos pensar um pouco sobre o que é verdadeiramente ser um líder, dentre outras muitas coisas.



Mais uma vez, rolou aquele lanchinho no University Center, o lugar mais legal do mundooo quando se está com um VolCard na mão! Hehehe Tem de tudo aqui! 
A diversão ainda estava por vir!
Hoje à noite a maioria de nós decidiu ir patinar no gelo. Estávamos indo em uma espécie de excursão organizada pelo pessoal da International House. Foi incrível! Muitos de nós não sabíamos como patinar e confesso que aquelas lâminas davam medo, mas nós somos Student Leaders e queremos aprender o máximo possível dessa experiência! Depois de 2 horas de treino, já conseguíamos até andar sozinhos. É muuuito legal! Pena que eu quase torci meu pulso! hehe Mas valeu a pena, afinal, "tudo vale a pena se a alma não é pequena"...


Have a good Saturday! E que venham os homestays. :)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Nevando em Knoxville!



Por Daniel Silva - Montes Claros/MG


Saraiva ou neve forte! Dizia a previsão do tempo desta manhã, o que fez com que todos nós (Jovens Líderes) nos empacotássemos antes da primeira aula do dia: A Constituição dos Estados Unidos com o Doutor Mercer. A aula, guiada por duas perguntas básicas que visavam a responder o porquê da Constituição e o que ela faz, fez com que viajássemos no tempo e sentíssemos a história bem de perto, acontecendo em nossa frente. A segunda aula foi com o Professor Accawi, um imigrante libanês de um carisma e simpatia ímpar, este por sua vez, conduziu-nos um assunto interessantíssimo, o “Bill of the Rights”.



Após a sessão matinal, fomos para o intervalo e mais uma vez pudemos apreciar o lugar mais movimentado desta Universidade, além da biblioteca, o “Rocky Top Cafe”, onde podemos encontrar as comidas mais diversas (deliciosas ou bizarras), e as pessoas que, embora majoritariamente americanas, há um pouquinho de gente de cada canto do mundo; nós brasileiros dominamos o pedaço e vamos deixando rastros de nossa cultura por onde passamos.



Por falar em nossa cultura... sinto-me na obrigação de lhes contar uma história que há seis dias nos causa muita graça. A história é da Júlia Leão, mas como ela não teve coragem de reportá-la, deixem-me delatar.

Durante os três dias de pré-partida em Brasília-DF, dentro da programação tivemos um momento com as responsáveis pelo programa reservado ao aprendizado cultural. Assim, mais conscientes da cultura norte-americana, aprendemos a respeitar o espaço de que os americanos necessitam, deixando de ser “tacky” (pegajosos). Logo, cumprimentos de apresentação são sempre formais, e um aperto de mão é o ideal.

Partimos para o aeroporto e embarcamos nessa experiência! Chegando a Atlanta, após 8h de espera por uma conexão, finalmente... KNOXVILLE!

No desembarque encontramos aquela que seria responsável por estas 20 crianças perdidas nos EUA, e quando ela disse: “Oi, eu sou Shannan Williams e estarei acompanhando vocês neste programa”, imaginem qual foi a reação da nossa querida Julinha ainda confusa com o fuso horário? Abrir os braços como a Kate Winslet no filme “Titanic” e rumar a Shannan que até então nem mesmo sabia os nossos nomes, e fez uma cara de pânico como na foto abaixo:

                           Júlia Leão (esquerda) e Daniel Silva (direita) - Simulação Júlia e Shannan.

                                                                  Shannan e Júlia

O pior de tudo é que a Júlia percebeu no meio do caminho o que ela estava fazendo e veio uma voz da Vera Galante, que ministrou o diálogo cultural dizendo: “No kissing! No hugging! Just shake hands!!”. Então duas foram as caras de pânico neste momento em que ocorreu o denominado de “abraço malsucedido”! haha O nosso primeiro dos muitos choques culturais desde a nossa chegada.

Retornando ao nosso dia de hoje, à tarde fomos magicamente pegos por uma chuvinha que trazia neve e mais tarde só neve! Ruas, carros, casas... tudo encoberto por aquela coisinha branca que era uma arma em nossas mãos: GUERRA DE NEVE! Não perderíamos a oportunidade, obviamente, de fazer guerra e bonecos de neve!



O dia foi surpreendente e a impressão que temos é a de que já estamos aqui faz muito tempo! O aprendizado tem sido ótimo e o aproveitamento máximo! Cada segundo com este grupo vale ouro! Tenho certeza de que levaremos pra casa a mala cheia de ideia para inovar!


Abraços, galera! E continuem a nos acompanhar...