quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A Inspiração de Martin Luther King

Por Karine Souza


"Say that I was a drum major for peace; I was a drum major for righteousness (...).” Ao passar pelo corredor do Chidley Hall, na madrugada de segunda-feira, 16 de janeiro de 2012, deparei-me com esse trecho de um dos discursos de Martin Luther King, no quadro de recados de um estudante. Neste instante, senti que o dia que se iniciava reservava boas surpresas.

Na verdade, essa não é a primeira vez que participo do feriado de MLK nos EUA, mas é a primeira vez que realmente celebro a data conhecendo o valor do seu significado. Mas não só; ter a oportunidade de sentir de perto a emoção das pessoas, ao falarem dos feitos de Dr. King, enquanto se conhece a fundo a história dos direitos civis americanos, é uma experiência inigualável.

A primeira parada do dia foi no Sheraton Hotel, para um café da manhã coletivo. Estiveram presentes no evento a governadora do estado da Carolina do Norte, além de ativistas na luta pela efetivação dos direitos civis.

O ambiente era inspirador, cheio de nativos vibrando com os discursos que traziam à baila as lições de Dr. King. De fato, não se trata de um feriado qualquer. Há sentimento quando as pessoas falam sobre os direitos civis aqui, o que se deve, especialmente, a um histórico de luta contra o racismo.

Uma vez encerrada a reunião, fomos a Duke University participar de um trabalho voluntário com alunos da faculdade. Enquanto empacotávamos alimentos e distribuíamos comida, dançávamos e nos socializávamos com os demais voluntários. Além da organização dos idealizadores do trabalho, chamou-me à atenção a energia do lugar. Havia música e as pessoas dançavam e cantavam, enquanto trabalhavam!

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Depois do trabalho voluntário, alguns de nós fomos à YMCA (sigla para: Young Men’s Christian Association), para fazer exercícios. A YMCA é uma associação global que visa à prática dos princípios cristãos, e dentre outras atividades, oferece opções de esportes, mediante pagamento de uma mensalidade. No nosso caso, ganhamos um cartão para passe livre! Isso significa que, ao contrário do que se esperava, vamos voltar em forma para o Brasil!

Por fim, à noite, nos reunimos no Chidley Hall para discutirmos os projetos sociais ou ocupações acadêmicas que temos no Brasil. Em seguida, estiveram em debate temas como o movimento feminista e a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.

Após a reunião, no caminho de volta para o quarto, passei novamente pelo quadro de recados do americano. “Eu também quero ser”, pensei. Na verdade, os vinte serão!

Um comentário:

  1. Karine, que dia! Muitas emoções, não é? Martin Luther King realmente foi uma figura impar para os EUA. Aproveitem tudo e também o passe livre do YMCA! Muito útil, especialmente depois de apple strudels e tudo o mais.

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