Os dias têm sido intensos e são infinitas as histórias que cada um de nós poderia contar a respeito dos momentos vividos aqui, ontem mesmo fomos esquiar e eu poderia escrever um verdadeiro romance relatando um dos meus tombos (estou bem mãe, não precisa se preocupar... nada que uma plástica não resolva!); outra coisa que daria um ótimo post é que aqui é o paraíso dos carecas, como faz um frio razoável você anda com a cabeça coberta e ninguém desconfia que o real propósito é esconder a calvície. Entretanto, eu gostaria de utilizar esse post pra fazer algumas considerações mais pessoais sobre o último mês, já que se aproxima o momento de deixar Knoxville rumo à Nova Iorque e a Washington.
Ainda em João Pessoa (minha cidade) tentei me preparar um pouco para os dias aqui nos Estados Unidos: praticar mais o inglês, aproveitar o carnaval com antecedência, adiantar algumas coisas da universidade (sou aluno da UEPB), ir à praia, descobrir como se coloca um cachecol, estudar um pouco a cultura daqui, etc... É verdade que chegando em Knoxville não estava preparado para um série de outras surpresas: descargas no banheiro que funcionam com sensor, torneiras que abrem das maneiras mais esquisitas possíveis, camas que precisam de mapas pra você não se perder na hora de dormir, semáforos que ficam verdes pra carros e pedestres ao mesmo tempo, passar protetor solar quando está fazendo -5º Celsius, feijão doce e por aí vai. No entanto, eu definitivamente não estava preparado pra vivenciar algo extremamente marcante para mim: fazer amigos.
Eu pensava em vir para cá e entrar em contato com os “Estados Unidos”, mas realmente não tinha percebido que isso significaria essencialmente “pessoas”. Não foram a “cultura”, a “religião” ou a “política” que abriram suas casas, dividiram seus hábitos, ofereceram carona, sugeriram refeições e lugares, enfim, explicaram melhor o que significa cada coisa por aqui. E mesmo depois de tão pouco tempo posso afirmar consistentemente que fiz verdadeiras amizades que marcarão para sempre a minha vida. Jogamos futebol juntos (football e soccer), me deixaram subir no palco e comandar uma festa de carnaval com música brasileira (aprenderam a dançar chiclete com banana e banda eva, e ainda quase brigaram pra conseguir um abadá de micareta), aprendi a jogar Aplles to Aplles e Beer Pong, fomos juntos as festas, jogamos boliche e videogame (que fique bem claro que não perdi para nenhum estadunidense no futebol), rimos juntos, enfim, compartilhamos momentos muito especiais. Dentro de dois dias estaremos deixando não só a cidade de Knoxville, mas principalmente nossos amigos. Hoje já derramei as primeiras lágrimas e tenho muita sorte em ter conseguido tornar “tchau” um palavra tão difícil de dizer; se quem faz um amigo recebe um tesouro, tenho certeza absoluta de que volto para o Brasil com excesso de peso na bagagem.
Host Family
Festa de Carnaval com música brasileira
Partida de futebol americano
Aproveito a oportunidade pra mandar um salve pra todos os meus amigos, os exilados, a unidade, pessoal da UEPB, painho, mainha, Thaís, Lana, minha família, os vizinhos e pessoas que jamais lerão esse post. Desculpa não ter mandado tantas noticías antes, mas eu tava meio ocupado tentando aproveitar o máximo aqui. Darei notícias, não se preocupem! ;)
ow thiago, manda um beijo pro pessoal da civitas tambem! hehehe
ResponderExcluirmuito legal seu post, obrigada por nos ter trazido tais informaçoes!
beijo
dois beijos pro pessoal da civitas!!!
ResponderExcluirthiago
O Exílio espera sua volta, cara, todos os exilados estão aguardando pra tomar uma violenta!!!
ResponderExcluirThiago, fiquei impressionada com seu insight e com sua sensibilidade. Muito legal, mesmo, o seu post. Senti saudade de Knoxville, também, apesar de não conhecer. Boa viagem para NY!!!
ResponderExcluirÉ, rapaz... Não é fácil deixar Knoxville. Mas os amigo pode ter certeza que vc vai carregar por um bom tempo ainda.
ResponderExcluirLindo, Thiago!
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